Alterando o comando em Petrobrás (PETR4) causou alvoroço entre os investidores nos últimos meses. Mas, na avaliação de Santandera mudança de CEO nem é o maior motivo de preocupação em relação à estatal.
Para os analistas, há três razões principais para não comprar agora as ações da gigante petrolífera brasileira — e nenhuma delas menciona Magda Chambriard ou Jean Paul Prates.
Numa perspectiva conservadora, o banco decidiu manter uma recomendação neutra para as ações da petrolífera.
Analistas também definiram novo preço-alvo para ativos comuns PETR3de R$ 43 para o final de 2025, implicando uma leve valorização potencial de 3,7% em relação ao último fechamento.
“Embora reconheçamos as operações de referência da empresa e monitorizemos potenciais oportunidades de exploração, acreditamos que as ações podem oferecer um potencial de valorização limitado no curto prazo”, afirmaram num relatório.
Segundo o Santander, há três pilares para a tese mais conservadora das ações da Petrobras: dificuldades de plano estratégico, crescimento abaixo dos pares e avaliação já está com preço.
Para o banco, a estatal encontra-se no período “mais desafiante” do plano estratégico 2024-28, devido à introdução de FPSOs (plataformas) arrendadas até ao quarto trimestre de 2025.
Isto porque o plano prevê quatro projetos de exploração e produção entre 2024 e 2025 que incluem FPSOs arrendados, levando a um aumento significativo dos arrendamentos nos próximos seis trimestres.
“Existe o risco de ultrapassar o limite máximo da dívida bruta de 65 mil milhões de dólares, o que teria impacto na política de dividendos baseada no fluxo de caixa livre (FCF), a menos que a gestão de passivos fosse implementada e a dívida financeira fosse reduzida”, disseram os analistas.
Nas previsões do Santander, o passivo de arrendamento da Petrobras atingirá cerca de US$ 41 bilhões até o final de 2025 — o que exigiria que a dívida financeira permanecesse abaixo de US$ 24 bilhões.
A redução da dívida financeira, combinada com outras saídas de caixa (ou seja, dividendos extraordinários, acordos fiscais e potenciais fusões e aquisições), poderia levar a posição de caixa para algo próximo de 9 a 10 mil milhões de dólares.
“Na nossa opinião, isto deixa pouco espaço para dividendos extraordinários adicionais além dos 4,5 mil milhões de dólares já previstos para serem pagos no segundo semestre de 2024 ou no primeiro trimestre de 2025, a menos que o limite máximo da dívida de 65 mil milhões de dólares seja aumentado no próximo plano estratégico”, destacou o banco.
Crescimento da produção da Petrobras
Apesar de um perfil de produção lucrativo, os analistas veem a Petrobras ficando para trás na taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 5 anos e na reposição de reservas em comparação com rivais globais.
“Em 2023 estávamos otimistas com a produção da Petrobras, mas não é mais assim. Esperamos que a Petrobras entregue a produção de 2024 em linha com o orientação da empresa.”
Isso porque a produção acumulada da Petrobras no ano tem sido instável devido à manutenção em campos-chave, o que resultou na produção nacional de petróleo de cerca de 2,2 milhões de barris por dia no primeiro trimestre.
“Embora a produção deva melhorar no 2S24 para atingir o ponto médio do guidance, de 2,2 milhões de barris por dia, a desaceleração nas divulgações do IBAMA/ANP limita a visibilidade sobre o ritmo e a magnitude da recuperação”, afirmou o banco.
Na visão do Santander, a produção só deve aumentar em 2026, com FPSOs adicionais em Búzios programados para iniciar a produção no próximo ano.
O banco projeta que a produção entre 2025 e 2026 cresça cerca de 6% em média, com uma CAGR de 5 anos de 4% – ainda abaixo da média dos pares de 8%.
“A reposição das reservas é fundamental, em nossa opinião, principalmente devido aos atrasos no licenciamento ambiental da Margem Equatorial, que pode representar de 15% a 30% do valor de mercado.”
Ação PETR3 já precificada
Além disso, o Santander avalia que as ações da Petrobras são negociadas a um preço avaliação justo em comparação com pares históricos e globais.
Segundo analistas, a petrolífera é negociada a um múltiplo de 3,3 vezes o rácio firm value to Ebitda (EV/Ebitda) de 2025, um prémio de 22% em relação à média histórica de três anos e um desconto médio de 9% em 5 anos.
Nas contas do banco, a estatal deve entregar um rendimento de fluxo de caixa livre (FCFY) em torno de 20% e um retorno com dividendos (rendimento de dividendos) de 9% em 2025, abaixo dos pares globais de cerca de 10%.
“Embora a Petrobras negocie com desconto de cerca de 23% em relação às principais empresas globais, acreditamos que maiores incertezas em relação a passivos e interferências governamentais justificam o desconto”, disse Santander.
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