Carlos (nome fictício), assim como muitos outros, viu na loja virtual Tadizuera, divulgada pelo influenciador Nego Di, uma oportunidade de realizar um sonho: adquirir produtos com preços vantajosos e revendê-los para obter renda. Afinal, ele precisava de dinheiro para pagar um tratamento médico crucial.
Empolgado com a promessa de lucro, Carlos investiu cerca de R$ 30 mil, contratando um empréstimo para financiar a compra. Porém, o sonho logo se transformou em pesadelo. Os produtos nunca chegaram e Carlos viu-se numa situação desesperadora: sem dinheiro, sem produtos e com uma dívida crescente.
Vítima de um esquema cruel
Carlos não foi o único a cair no golpe. Mais de 370 pessoas foram enganadas por Tadizuera, totalizando um prejuízo de mais de R$ 5 milhões.
Segundo as investigações, o esquema era comandado por Anderson Bonetti, com Nego Di atuando como figura pública para atrair vítimas. Anderson teve mandado de prisão preventiva expedido, mas está foragido. Até o momento, não houve resposta à sua defesa.
Nego Di: promessas vazias e mais sofrimento
Em meio ao desespero, Carlos buscou respostas e justiça. Nego Di inicialmente pareceu compreensivo, prometendo indenização e culpando Anderson pelo ocorrido. Porém, as promessas não se concretizaram e Carlos viu-se envolvido num jogo de palavras e desculpas vazias.
Sem receber o dinheiro de volta e com as dívidas se acumulando, Carlos chegou ao limite da depressão e chegou a pensar em tirar a própria vida. Mas, apoiado por familiares e amigos, encontrou forças para seguir em frente e buscar seus direitos.
Vítimas se unem e Nego Di tenta silenciá-las
Diante do descumprimento de promessas, Carlos e outras vítimas se juntaram a grupos no WhatsApp para pressionar Nego Di. O influenciador, após um período de ausência, reapareceu alegando ter sido vítima também de um golpe, prometendo ressarcir os atingidos.
Carlos, entre outros, relatou receber pequenos reembolsos, especialmente daqueles que lideram os protestos. Essas ações, segundo ele, pareciam destinadas a silenciar a insatisfação pública e acalmar os ânimos.
Outras conversas
Por meio de outras conversas gravadas, Carlos começou a cobrar Nego Di pelo WhatsApp a partir de 7 de julho de 2022, há dois anos. No dia 11 daquele mês reforçou seus pedidos:
“Bom dia, Di. Notícias sobre meu reembolso? Hoje minha vitória empréstimoNão tenho onde conseguir $ [dinheiro]. Precisa de ajuda!”. No entanto, ele não recebeu resposta.
No dia 12, o influenciador deu esperança a Carlos: “Cara. Estou correndo aqui. Acho que seu reembolso sairá hoje! Fique tranquilo”. Nego Di então passou o contato de Anderson e orientou Carlos a contatá-lo para receber o valor investido.
Conforme confirmado ao Terra nesta segunda-feira, dia 15, mais de dois anos depois dos acontecimentos, Carlos continua sem receber nenhum valor. Ele acrescentou: “Eu não conhecia nenhuma das vítimas que o recebeu”.
Prisão do comediante
Nego Di foi preso no último domingo (14) em Jurerê Internacional, Florianópolis (SC), apenas dois dias depois de se tornar alvo de uma operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul, junto com sua esposa, Gabriela Sousa.
O casal é suspeito de lavagem de aproximadamente R$ 2 milhões e fraude. Durante a operação, Gabriela Sousa foi detida por porte de arma restrita e sem registro, mas foi liberada após pagar fiança de R$ 14 mil.
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A defesa de Nego Di afirmou que está tomando todas as medidas legais cabíveis e enfatizou o princípio constitucional da presunção de inocência, que garante a todo cidadão o direito de ser considerado inocente até prova em contrário.
Imagem: Reprodução/X
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