Uma das ações que mais valorizaram no Ibovespa em 2024, Marfrig (MRFG3) já subiu 15% na bolsa brasileira desde janeiro — e a alta não deve parar por aí, na visão de Itaú BBA.
Após resultados acima das expectativas do mercado no primeiro trimestre para a indústria de frangos, o banco revisou as estimativas do segmento para o restante de 2024 — ao mesmo tempo em que projeta um cenário apertado para o mercado de carne bovina.
Diante do otimismo com o futuro do mercado avícola, os analistas elevaram o preço-alvo do MRFG3 de R$ 10 para R$ 14 por artigo ao final de 2024, implicando um ganho potencial de 25% em relação ao último fechamento.
Mas, apesar da perspectiva construtiva para as ações, o banco manteve a recomendação de desempenho do mercado (equivalente a neutro) para a empresa — e já escolheu um novo favorito para levar a coroa no setor frigorífico.
Hora do frango
Se o preço da carne tem assumido o centro das discussões no Brasil nos últimos anos em meio às críticas ao aumento dos preços da picanha no mercado local, a partir de agora quem pode ter dificuldade para fazer um churrasco de domingo são os norte-americanos, segundo o Itaú BBA .
Isso ocorre porque as perspectivas dos analistas para o mercado de carne bovina nos Estados Unidos eles não estão nada otimistas. Muito pelo contrário, na verdade.
O banco prevê uma redução mais pronunciada na oferta a partir do próximo ano, com uma queda anual de cerca de 6% na produção de carne bovina. Com isso, os analistas projetam um aumento significativo de preços em 2025 e 2026 — que deverá subir ainda mais nos anos seguintes.
Em meio a estimativas de um cenário mais difícil para a pecuária, o frango deveria roubar a cena, segundo o Itaú BBA.
A tese baseia-se nas perspectivas de maior controle dos custos de produção para o segundo semestre, impulsionado pela tendência de queda dos preços dos grãos observada ao longo dos primeiros seis meses do ano.
Afinal, os grãos hoje respondem por mais de 85% dos custos consolidados dos produtores de frango.
Além da redução dos gastos com cereais, o mercado brasileiro viu uma sólida demanda por “frango brasileiro” ao longo do primeiro trimestre — à medida que a indústria norte-americana redirecionou os volumes para o mercado local, que foi afetado pelos preços mais elevados da carne bovina.
A maior flexibilidade para arbitrar os preços de exportação após a autorização de novas fábricas para exportar a proteína brasileira também impulsionou a indústria, além da oferta limitada de frango no Oriente Médio devido aos desafios logísticos no Mar Vermelho.
Na avaliação do Itaú BBA, a melhora no setor avícola deverá “superar as tendências negativas da carne bovina, levando a uma revisão para cima dos números consolidados” de duas empresas: Marfrig (MRFG3) e a JBS (JBSS3).
Para o banco, as perspectivas de longo prazo da Marfrig são “sem dúvida positivas”. Contudo, incertezas macroeconômicas ainda pesam na avaliação do Itaú BBA
Na avaliação do Itaú BBA, a Marfrig é atualmente negociada a um múltiplo de 5,5 vezes o valor da empresa sobre a relação Ebitda (EV/Ebitda) em 2025, considerando a participação da empresa na BRF (BRFS3).
Excluindo os números da BRF, o ponto de equilíbrio esperado para a geração de fluxo de caixa livre para capital (FCFE) deverá ficar em torno de R$ 4,8 bilhões, mas deverá cair para R$ 3,5 bilhões quando o acordo com a Minerva (BEEF3) for concluído.
“Sob estas hipóteses, os rendimentos do FCFE flutuarão em torno do ponto de equilíbrio até 2025, o que parece razoável dadas as condições macroeconómicas desfavoráveis para a carne bovina dos EUA”, afirmou o banco num relatório.
Segundo analistas, do ponto de vista estratégico, a venda para a Minerva foi um passo fundamental para a consolidação da Marfrig como player de valor agregado — e deverá gerar margens maiores e mais estáveis no longo prazo.
No entanto, para o banco, é improvável que os investidores fiquem mais otimistas em relação às ações do MRFG3 enquanto a fase de retenção na indústria bovina dos EUA — que leva a uma redução na oferta da proteína — não der visibilidade sobre a intensidade e a duração do ciclo descendente do mercado dos EUA nos próximos anos.
A vez da JBS (JBSS3)
Para o Itaú BBA, a JBS pode ser “um bom esconderijo” para quem quer fazer apostas em dólar, mas sem abrir mão da segurança da carteira.
“Além de avaliação atrativo, destacamos também a diversificação geográfica da JBS como um mecanismo interessante para quem busca proteção [hedge] taxa de câmbio na carteira.”
Do lado dos resultados, os analistas esperam um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 27,3 bilhões para 2024.
Além disso, o banco agora prevê um saldo de fluxo de caixa livre de US$ 3,8 bilhões (R$ 20,27 bilhões) em 2024, refletindo questões como aumento de investimentos (investimentos).
Os analistas projetam um desempenho ligeiramente negativo para a divisão norte-americana da JBS, US Beef, com expectativa de margem EBITDA negativa de 0,9% para 2024.
No entanto, as demais unidades de negócios da JBS devem continuar em trajetória de recuperação, segundo o Itaú BBA.
“Prevemos que o ano fiscal de 2024 será um ano de margens acima da média histórica para a maioria das divisões da JBS, apesar das incertezas na divisão de carne bovina dos EUA.”
O banco manteve a recomendação de superar — equivalente a compra — para as ações, mas elevou o preço-alvo de R$ 31 para R$ 39 para o final de 2024, potencial alta de 33% em relação ao fechamento anterior.
No entanto, existem riscos para o panorama otimista da JBS. O Itaú BBA acredita que as crescentes preocupações relacionadas ao declínio do ciclo da carne bovina nos EUA podem não ser apoiadas pelas outras divisões da empresa — que já apresentam margens próximas ou acima das médias históricas em 2024.
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