A OK (VALE3) anunciou nesta quarta-feira (12) que enviou ao governo um novo acordo proposto para compensar os danos causados rompimento de barragem em Marianaem Minas Gerais.
Juntamente com o BHP Brasil e a Samarcoas mineradoras se propuseram a pagar R$ 140 bilhões pela tragédia.
Desse total, apenas R$ 107 bilhões seria considerado dinheiro novo, conforme fato relevante enviado à CVM. Isso porque o valor total considera cerca de R$ 37 bilhões em valores já investidos em reparos e indenizações.
O valor a pagar inclui um depósito em dinheiro de R$ 82 bilhõesque poderia ser desembolsado em 20 anos ao Governo Federal, aos estados de Minas Gerais e Espírito Santo e aos municípios — ou seja, com prazo maior que o proposto anteriormente pela União.
Além disso, as empresas se comprometeram com uma parcela de R$ 21 bilhões em obrigações a cumprir.
Caso a Samarco não consiga financiar o valor como devedora primária, a Vale (VALE3) e a BHP se comprometem a contribuir com o valor restante como devedora secundária.
Segundo o comunicado, as empresas buscam a “liquidação definitiva” das obrigações previstas no Termo de Compromisso (TTAC) relativas ao rompimento da barragem da Samarco.
A Vale afirma que a nova proposta é um esforço para chegar a uma “resolução mutuamente benéfica para todas as partes”, ao mesmo tempo que cria definição e segurança jurídica para as empresas.
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A nova tentativa de acordo das empresas vai na contramão da mais recente proposta de acordo feita pela União —tanto em termos de prazos a serem pagos quanto de valor total esperado. Na última quinta-feira (6), o governo solicitou o pagamento de R$ 109 bilhões em dinheiro novo pela Vale, BHP e Samarco.
Além disso, a proposta estipulava que o desembolso deveria ser feito nos próximos 12 anos — dentro do intervalo proposto inicialmente por Vale, BHP e Samarco, de 20 anos, mas descontando os oito anos que se passaram desde a tragédia.
“O atraso precisa ser considerado no cronograma de pagamento, no que diz respeito aos afetados”, afirma o comunicado das entidades públicas.
“Os valores deverão ser integralmente utilizados para financiar medidas reparatórias e compensatórias de natureza ambiental e socioeconômica que serão assumidas pelo Poder Público após a celebração de eventual acordo”, disse a AGU, em nota.
É importante destacar que os R$ 109 bilhões propostos pela União não incluem valores já gastos pelas mineradoras para qualquer tipo de medida reparatória.
Além disso, o valor exclui a estimativa para cumprimento de obrigações que continuarão sob responsabilidade das empresas, como a retirada de rejeitos do Rio Doce.
O rompimento da barragem de Mariana e as negociações
Quase uma década depois do rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais, o poder público e as empresas não chegaram a um entendimento para reparar os danos causados.
Ocorrido no dia 5 de novembro de 2015, o rompimento de uma barragem localizada na zona rural de Mariana (MG) liberou no meio ambiente 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério.
A barragem fazia parte de um complexo da Samarco, que tem como sócias a Vale (VALE3) e a BHP.
Considerado o maior desastre ambiental causado pelo setor de mineração no Brasil, a catástrofe deixou 19 mortos e centenas de desabrigados — e deixou um rastro de destruição ao longo da bacia do rio Doce, chegando à sua foz no Espírito Santo.
Para reparar os danos causados na tragédia de Mariana, foi assinado em 2016 um Acordo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC) entre o governo federal, os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, a Samarco e os acionistas Vale e BHP Billiton.
Com base nesse documento foi criada a Fundação Renova, entidade responsável pela gestão de mais de 40 programas. Todas as medidas planeadas deverão ser pagas pelas três empresas mineiras.
O objetivo da atual renegociação é selar um novo acordo que resolva mais de 80 mil processos judiciais acumulados.
Nos processos, há questionamentos sobre a falta de autonomia da Fundação Renova, os atrasos na reconstrução de comunidades destruídas, os valores das indenizações e o não reconhecimento de parte dos atingidos, entre outros temas.
No início de maio, a União e o Espírito Santo rejeitaram uma nova proposta de R$ 90 bilhões para reparar integralmente os danos causados pela tragédia em Mariana (MG).
O valor abrangeria tanto danos materiais quanto danos morais coletivos e foi considerado insuficiente pelas autoridades.
*Com informações da Agência Brasil.
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