Já se passou quase um mês desde a catástrofe climática em Rio Grande do Sul atingiu seu ápice — e mesmo que as águas já tenham começado a baixar nos municípios gaúchos, só agora é possível prever as reais marcas que os acontecimentos deixaram. No caso de Empresas brasileirasanalistas traçaram previsões para os impactos causados pelas inundações.
Ao avaliar o Genial Investimentosdo lado de varejoos efeitos são relativamente restritos devido ao grau de exposição das empresas ao Estado.
Num termômetro de impactos, de 13 varejistas, apenas um trio de empresas está fortemente exposto ao RS, segundo analistas. Eles são o Carrefour (CRFB3), O Lojas Renner (LREN3) e a Painel (PNVL3).
As ações CRFB3 acumularam queda de 14% na bolsa brasileira em um mês, enquanto as ações LREN3 caíram 20% no mesmo período e as PNVL3 caíram 7%.
Empresas como Assaí, Pão e Açúcar, Casas Bahia e RD Saúde, donas de marcas como DrogaRaia e Drogasil, por exemplo, praticamente não sofreriam impacto devido à baixa exposição.
Impactos gerais da crise no Rio Grande do Sul
Apesar de pertencer ao mesmo setor — consumo —, os diferentes segmentos dos três espaços abertos para diferentes impactos.
Afinal, estamos falando de uma rede farmáciasum grupo da supermercados é loja de departamento.
Enquanto duas dessas empresas vendem produtos de primeira necessidade, a outra vende principalmente roupas e itens considerados não essenciais.
“Acreditamos que, neste primeiro momento, o bolso do consumidor estará comprometido com a compra de bens de primeira necessidade – o que deverá amenizar o impacto para empresas como Panvel e Carrefour”, escreveram os analistas, em relatório.
Para Genial, empresas focadas no consumo não discricionário, como varejo alimentar e farmacêutico, tendem a sofrer menos deformações neste momento.
Isso significa que, embora a rentabilidade do Panvel (PNVL3) e do Carrefour (CRFB3) possa ser pressionada, as empresas poderão se beneficiar do aumento no volume de compras, segundo projeções da corretora.
Enquanto isso, a Renner deve sentir uma compressão na demanda por muito mais tempo antes de voltar à normalidade.
Na opinião da Genial Investimentos, apesar da exposição ao Rio Grande do Sul, o Carrefour (CRFB3) deverá sentir um efeito positivo no balanço no segundo trimestre de 2024.
Atualmente, a varejista conta com 99 lojas localizadas no Rio Grande do Sul — de um total de 1.074 unidades espalhadas pelo país. Segundo analistas, cerca de 9% do faturamento bruto da empresa vem do Estado.
Do total de unidades localizadas na região do Rio Grande do Sul, cerca de sete lojas tiveram que ser fechadas temporariamente, o equivalente a 1% do total de vendas brutas do grupo.
“Vale destacar que todas as 99 lojas do RS possuem apólices de seguros que cobrem danos materiais e lucros cessantes”, destacaram os analistas.
Na avaliação da Genial, o Carrefour deverá apresentar um trimestre com maior alavancagem operacional, com destaque para o aumento do volume bruto de mercadorias.
Para analistas, se as lojas permanecerem fechadas por 21 dias, o fluxo para as demais lojas do RS deverá aumentar 25% — o que implicaria um crescimento de 4,2% na receita bruta do grupo em relação ao segundo trimestre de 2023.
O crescimento da receita bruta ainda resultaria na aceleração sequencial das vendas.
Segundo a corretora, o aumento das doações em todos os estados brasileiros também deve ajudar o Atacadão com um salto no volume de vendas do grupo e diluindo as despesas com vendas da vertical neste trimestre.
Panvel (PNVL3): uma atuação mista
Por sua vez, o Painel (PNVL3) deverá registrar impactos agridoces nos resultados deste trimestre. A empresa possui 606 lojas espalhadas pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
Além das unidades, a empresa conta com dois centros de distribuição, sendo um deles localizado na cidade de Eldorado do Sul, região bastante afetada pelas enchentes das últimas semanas.
Nas contas da Genial, cerca de 67% das vendas da empresa vêm do Rio Grande do Sul.
Mas mesmo que grande parte da receita da Panvel esteja concentrada no RS, analistas acreditam que a venda de medicamentos e outros serviços farmacêuticos deve ajudar a limitar os impactos na receita bruta.
Analistas acreditam que as 18 lojas da empresa devem ficar fechadas entre 21 e 28 dias — mas serão beneficiadas pelo aumento de 50% no fluxo das outras 390 lojas abertas no Rio Grande do Sul.
Considerando que o volume bruto de vendas (GMV) dos outros três estados permanece inalterado, em termos financeiros, isso poderá implicar um crescimento de cerca de 12,8% ao ano na receita da Panvel no 2T24.
“Entendemos que se abre uma “janela de oportunidade” considerável para maior consolidação do setor no estado, dado o fechamento de lojas independentes/consociadas, devolvendo pontos comerciais ‘interessantes’ para a Panvel aumentar sua expansão nos próximos anos”, afirmaram os analistas.
Por sua vez, a margem operacional da Panvel deverá ser a principal linha afetada no balanço do segundo trimestre de 2024, especialmente pelo aumento das despesas com antecipação do 13º salário dos funcionários e maiores gastos com logística.
Como as enchentes podem atingir o balanço da Renner (LREN3)
Já o Lojas Renner (LREN3) ocupa o destaque negativo nas projeções da Genial. Atualmente, a empresa possui 75 lojas no Rio Grande do Sul — 654 lojas no país e 15 unidades no exterior.
A Genial estima que cerca de 13% da receita líquida do varejo da empresa venha do estado.
Na visão da corretora, o principal impacto na empresa não deve vir tanto da perda de estoques ou de maiores investimentos em reformas de lojas, mas sim da desaceleração das vendas e do aumento das despesas operacionais, com antecipação de férias, 13º e depósito emergencial.
Essa combinação de fatores deve atingir não só a margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), mas também o lucro do segundo trimestre de 2024.
No momento mais crítico da situação, cerca de 27 lojas foram fechadas por falta de acessibilidade aos locais. Hoje, cerca de 7 unidades permanecem fora de operação.
Analistas estimaram como cenário base uma redução de 40% no fluxo para outras lojas do Rio Grande do Sul. Com o fechamento das lojas por 21 dias, a receita líquida total do varejo deverá cair 4,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
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