Ó Nubank Amanheceu vermelho em Wall Street nesta segunda-feira (22). Depois de uma valorização de 52% na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) em 2024, agora ações de banco digital devolver parte dos ganhos.
Por volta das 11h55, as ações da NU caíam 6,09% no mercado norte-americano, sendo negociadas a US$ 12,65. BDRs listados na bolsa de valores brasileira sob o ticker ROXO34 caíram 6,33% na mesma época, para R$ 11,69.
O desempenho negativo da Fintech surge na sequência de um rebaixamento por JP Morgan. Em relatório publicado no último domingo (21), o banco norte-americano deixou claro que não recomenda mais a compra das ações.
Agora, a recomendação é neutra para as ações NU, com preço-alvo de US$ 14,50 para dezembro de 2025, o que implicaria uma valorização de 7% em relação ao último fechamento.
Um dos principais pontos que limitam uma visão mais otimista para as ações das fintechs é a recuperação vivida desde janeiro. Na avaliação do JP Morgan, o banco digital tem agora um potencial de valorização limitado após o seu recente desempenho robusto.
“Apesar de ficarmos de fora, continuamos a ver o Nubank como um poderoso disruptor de longo prazo, com claras vantagens de custo sobre os titulares que geram maior lucratividade, enorme base de clientes com potencial para continuar a penetrar em novos produtos e boa gestão”, disse o JP Morgan.
Apesar de reconhecer a robustez dos negócios do Nubank, o banco norte-americano acredita que a ação já está precificada: nas contas dos analistas, a ação é atualmente negociada a um múltiplo de 24 vezes a relação preço/lucro (P/L) de 2025 .
Para o JP Morgan, o Nubank criou uma das marcas mais valiosas do Brasil. No entanto, após a recente recuperação, os analistas acreditam que o mercado já está a precificar alguns destes benefícios.
Além disso, o banco norte-americano tem preocupações com o crescimento do Nubank daqui para frente.
Segundo analistas, mesmo que a expectativa seja de expansão acima da média do setor, o temor é que esse ritmo desacelere caso o banco digital não consiga ganhar força nas classes de clientes de média e alta renda.
Segundo o JP Morgan, o Nubank já conquistou participação relevante no mercado de cartões de crédito para consumidores de baixa renda, com 30% de participação de mercado para clientes que ganham abaixo de um salário mínimo.
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“Os clientes que ganham mais de três salários mínimos representam cerca de 60% dos empréstimos com cartão de crédito, o que implica que será necessário crescer para um rendimento médio-alto para sustentar o crescimento”, afirma o JP Morgan.
Na avaliação do banco norte-americano, existe uma possibilidade arriscada de o Nubank continuar a ganhar quota de mercado nos rendimentos mais baixos, já que “muitos operadores históricos continuam avessos ao risco neste segmento”.
No entanto, as perspectivas de rendimentos elevados são limitadas. Olhando para o cartão de crédito — que é visto como o principal produto de entrada neste segmento —, o JP Morgan vê a maior parte dos ganhos de participação de mercado da Nu ainda concentrados nas faixas de renda mais baixas.
Em relação ao México, que é visto como a maior oportunidade de crescimento do Nubank daqui para frente, a projeção do JP Morgan é de ganhos na base de investimentos financeiros, mas os empréstimos ainda estão abaixo do esperado.
Segundo o JP Morgan, o México – que atualmente responde por 6% dos empréstimos com cartão de crédito – poderia acelerar o seu ritmo e até compensar parcialmente a desaceleração observada no Brasil.
Outros produtos do Nubank
Os analistas destacam ainda o crescimento mais lento dos clientes da NuPagamentos, estável em torno de 30 milhões.
“Sim, ainda está adicionando cerca de 200 mil clientes no 1T24, mas abaixo de 1 milhão de adições em 2023 e 2 milhões de adições em 2022.”
Segundo o JP Morgan, o crescimento de clientes ativos está concentrado na Nu Financeira, que passou de 22 milhões para 26 milhões no primeiro trimestre.
“Embora acreditemos que isso seja um sinal de que o Nubank está apenas penetrando mais nos mesmos clientes (o que é bom, pois significa que a venda cruzada está funcionando, que o Nu é capaz de desbloquear produtos oferecidos a novos grupos e que os clientes estão tendo mais produtos), significa também que eventualmente atingirá um teto no Brasil.”
Além disso, na avaliação do JP Morgan, ainda é possível identificar um crescimento fraco no crédito consignado, apesar do sucesso do Nubank com os empréstimos do FGTS.
Do lado da folha de pagamento, os analistas esperam que o Nubank alcance aproximadamente 9% de participação de mercado até 2030, dado que possui uma “ampla base de clientes” e que 26% do mercado não está nas mãos de grandes bancos — que podem ter mais dificuldade em preços correspondentes de fintech.
“A próxima geração de aposentados poderá ser menos dependente da rede bancária, o que também poderá ajudar o Nubank nos próximos anos”, afirmou. “Embora a folha de pagamento autônoma tenha sido decepcionante, percebemos que o Nubank tem se saído muito bem com os empréstimos do FGTS.”
Maior risco de inadimplência
Outra questão que preocupa os analistas é a perspectiva de piora na qualidade dos ativos em relação à indústria, com possibilidade de maiores níveis de inadimplência (NPL) daqui para frente.
Isto resultaria em elevados níveis de crescimento dos empréstimos, concentração nos escalões de rendimentos mais baixos e agravamento das tendências na qualidade dos activos.
“As tendências em NPL e ativos potencialmente problemáticos (que incluem empréstimos reestruturados) foram significativamente dissociadas da indústria desde novembro”, afirmou o banco.
“A nossa principal preocupação é que a qualidade dos activos possa eventualmente tornar-se um constrangimento ao crescimento”, acrescentou.
Segundo o JP Morgan, a Nu possui um nível adequado de provisões, comparando o custo do risco por produto ou mesmo renegociado ajustado por mix. No entanto, as famílias brasileiras continuam endividadas.
Cerca de 72 milhões de brasileiros – cerca de 45% da população adulta – têm hoje pontuação de crédito negativa, segundo o banco.
“Estamos preocupados que um risco maior possa eventualmente levar a um crescimento menor.”
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