A montanha-russa da volatilidade virou rotina para quem investe em ações no brasil. Com grandes picos e vales nos últimos meses, acompanhar o desempenho de Ibovespa foi capaz de manter acordado à noite até o economista mais calmo do mercado.
Mas para o Perfin Investimentosgestora com mais de R$ 35 bilhões em ativos sob gestão, há como proteger carteira de investimentos sem deixar o mercado de ações de lado: através do a infraestrutura – em particular, em eletricidade.
Segundo Marcelo Sandrisócio e gestor responsável pela carteira do fundo de investimento Utilitários Perfino setor de serviços públicos começou a se comportar como uma classe de ativos segura com prêmio de risco (prêmio de risco de ações) importante em relação à dívida brasileira no longo prazo.
“Cada vez mais temos observado que a alocação em bolsa no Brasil, com algumas exceções, não tem remunerado também o custo de capital do investidor. Mas o setor de infraestrutura tem sido uma grata exceção”, disse Sandri, em entrevista ao O teu dinheiro.
A Perfin Utilities é um fundo de investimento em cotas de um fundo de ações que aloca capital em títulos dos segmentos de energia elétrica, água e saneamento, transportes, portos e gás listados na bolsa de valores brasileira.
Apesar da visão otimista da Perfin para infraestrutura, seja pelo preço ou pelo risco do negócio, nem todas as ações do setor negociadas na B3 brilham aos olhos do gestor.
Aliás, hoje as principais apostas do fundo para 2024 estão concentradas em cinco ações, sendo quatro do setor energético.
Eles são o Eletrobrás (ELET6), O Equatorial (EQTL3), O Energisa (ENGI11), Eneva (ENEV3) e a RCC (CCRO3) — este último, pertencente ao segmento de concessões rodoviárias e mobilidade urbana.
Eletrobras (ELET3) e o brilho da energia
Atualmente, os segmentos de geração é de distribuição de energia são vistos como as joias da coroa da Perfin. Para Sandri, essas indústrias sofreram com os temores “exagerados” do mercado e agora apresentam uma “assimetria de risco e retorno muito interessante”.
O segmento de geração de energia foi penalizado pela perspectiva de que os preços da energia elétrica — que estão pressionados pelo extenso período de chuvas no país, que encheu os reservatórios acima da média — permanecerão muito baixos por muito tempo.
Porém, na avaliação do gestor, à medida que a demanda por energia no Brasil tem crescido — seja por eletrificação, robustez ou eventos climáticos extremos —, a carga elétrica também deve subir, assim como os preços das commodities.
“Hoje, as ações listadas no setor elétrico não têm precificação adequada, dado o preço da energia no longo prazo, que justifica a implantação de uma nova central de geração”, afirmou o gestor.
Na visão de Marcelo Sandri, o Eletrobrás (ELET3) foi uma das principais afetadas em termos de preço — e, após acumular queda de 16% na B3 em 2024, as ações oferecem atualmente uma “oportunidade histórica de investimento”.
Além das preocupações setoriais com os preços da energia, a empresa também foi pressionada por temores de maior intervenção política —já que a ex-estatal federal vem enfrentando uma série de resistências do governo após a eleição do presidente Lula.
Em março do ano passado, a União, que detém 43% do capital votante da empresa, entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar a cláusula do estatuto que limita o poder de voto dos acionistas a 10% do capital.
Para a Perfin Investimentos, mesmo que o governo tenha feito uma “provocação” para aumentar o poder de voto, a Eletrobras (ELET3) deverá em breve chegar a um acordo com a União, especialmente considerando a “robustez do processo de privatização já endossado por outros players”, como Congresso e Tribunal de Contas da União (TCU).
Enquanto as energias renováveis estão na moda…
Além da Eletrobras (ELET3), a explosão na demanda por energia renovável no Brasil abriu espaço para que outra empresa despontasse como expoente da segurança energética: Eneva (ENEV3).
“Investimos na empresa justamente porque acreditamos que o Brasil necessita muito de energia firme, que será suprida principalmente pelo setor energético. gás natural”, afirmou o sócio da Perfin.
Isso porque atualmente existe uma lacuna em relação ao fornecimento de energia noturna, já que grande parte dos investimentos brasileiros em energia verde foram destinados à energia solar.
“Ele atende muito bem a carga de manhã e de tarde, mas há um problema de abastecimento à noite, e temos que abastecer essa carga muito por conta dos leilões de capacidade”, disse Marcelo Sandri.
Segundo Perfin, a empresa ainda deverá se beneficiar do novo ciclo de investimentos em infraestrutura no país devido à necessidade de garantir a segurança energética diante dos eventos climáticos extremos verificados recentemente.
As ações da Equatorial (EQTL3) e da Energisa (ENGI11)
Do lado da distribuição de energia, o novo ciclo de renovação de concessões que ocorre no Brasil deverá impulsionar dois títulos na bolsa: EQTL3 Isso é ENGI11.
Isso ocorre porque as empresas têm bases em estados que vivenciam aumentos significativos de temperatura – o Energisa no Centro-Oeste e no Equatorial no Nordeste. Por isso, as empresas devem investir ainda mais na robustez das redes para enfrentar as mudanças climáticas.
“A Equatorial é uma grande empresa brasileira de infraestrutura que tem braços em quase todos os segmentos da infraestrutura brasileira, e no setor de distribuição ainda tem oportunidade de crescimento orgânico, pela necessidade de fortalecimento de redes diante da emergência climática, e inorgânico, em movimentos de consolidação.”
Para o sócio Perfin, atualmente Energisa e Equatorial estão em negociação com spreads “nunca vista” em relação à dívida brasileira, com um retorno de cerca de 6% em relação a NTN-Btítulos públicos de Tesouro Direto conhecido como Tesouro IPCA+ com juros semestrais.
“Por serem teses de alta qualidade, negociavam com TIRs [taxas internas de retorno] muito mais próximo das NTN-Bs do que vemos hoje. Isto nos dá a confiança necessária para construir uma posição em empresas de alta qualidade a preços excelentes.
Segundo o gestor, a Energisa ainda seria uma espécie de “Equatorial turbinada” por conta do maior percentual do portfólio destinado ao segmento de distribuição de energia.
“Hoje a Equatorial está um pouco mais diversificada devido aos recentes investimentos que fez em geração e transmissão de energia e em saneamento. Enquanto isso, apesar de investir também em outras frentes energéticas, como distribuição de gás, a Energisa está mais focada na própria distribuição de energia.”
O tipo de diversificação do portfólio de distribuição de energia da Energisa também chama a atenção da Perfin, que está explorando o mercado de gás, que atualmente conta com pouca concorrência privada.
“A Energisa está muito bem posicionada para replicar em menor escala o que vem fazendo em energia para o mercado de gás.”
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