Lançado no Brasil em 2021, o Finanças Abertas foi criado com a missão de simplificar as finanças dos brasileiros.
O sistema permite que as informações financeiras dos clientes sejam compartilhadas entre os bancos do país. Na proposta inicial do BC, responsável pelo projeto, os usuários poderiam movimentar suas contas bancárias a partir de diversas plataformas, e não apenas pelo aplicativo ou site do banco.
Porém, essa inovação não foi adiante, e o serviço financeiro do BC ainda é menos popular que o Pix, lançado em 2020 e que já conta com mais de 156 milhões de usuários.
Porém, segundo relatório anual divulgado nesta sexta-feira (7) pela autoridade monetária, o Open Finance vem ganhando apoio entre os brasileiros. De janeiro a dezembro de 2023, o aumento no número de consentimentos rondou os 97%.
No ano passado, o número de consentimentos ativos chegou a mais de 42 milhões – cerca de 15% da população brasileira usuária de serviços bancários.
Desses 42 milhões, 27,7 milhões eram consentimentos únicos, de pessoas físicas ou jurídicas.
No ano anterior, em dezembro de 2022, os consentimentos ativos totalizaram 18,7 milhões.
Em outras regiões, como o Reino Unido, a adoção do Open Finance é de 13%. O sistema britânico inspirou até a criação da iniciativa no Brasil pelo BC.
O que é financiamento aberto
O sistema financeiro aberto do Banco Central permite que certas informações sobre a vida financeira do consumidor sejam conhecidas pelas instituições.
Desde outubro do ano passado, o prazo para bancos e fintechs terem acesso às informações transacionais, bancárias e de investimentos dos clientes está indeterminado.
Anteriormente, a garantia para troca dessas informações era de 12 meses.
No total, existiam 946 instituições e cooperativas registadas como participantes ativos no financiamento aberto no final de 2023.
Em 2023, o BC ampliou as opções de informações que podem ser compartilhadas e consultadas entre as instituições participantes. Estes incluem dados sobre produtos cambiais, investimentos, seguros, pensões, capitalização e acreditação.
Além disso, é possível compartilhar informações transacionais sobre produtos e serviços de investimento de bancos e instituições não bancárias, como corretoras e gestoras independentes.
Segundo o relatório do Banco Central, “tudo é feito com total segurança e transparência, com autorização prévia e explícita de cada usuário – pessoas ou empresas –, que pode decidir quais dados compartilhar, quando, por quanto tempo e com quem deseja. faça isso. , aproveitando esta possibilidade de forma gratuita e 100% digital”.
As vantagens do Open Finance para o consumidor
Segundo o BC, o conceito do Open Finance é que o cliente seja dono de suas informações. Portanto, ele deve ter o poder de escolher quem tem permissão para acessá-los.
A iniciativa visa também trazer inovação ao sistema financeiro, promover a concorrência e incentivar a digitalização. Além disso, visa melhorar a oferta de produtos e serviços financeiros aos consumidores.
Outra vantagem é que, ao compartilhar informações, o cliente não precisa iniciar um relacionamento do zero com novos bancos ou fintechs. Ele pode receber propostas personalizadas de produtos ou serviços como empréstimos, por exemplo, que levam em conta o histórico do consumidor.
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