A manhã desta quarta-feira (17) começou congelante para o ações dos gigantes do chips de inteligência artificial como Nvidia e a TSMC – e tudo por causa da “guerra fria” comercial entre China e a NÓS.
O desempenho negativo das ações surge na sequência dos receios de que, independentemente de quem vença as eleições presidenciais norte-americanas em novembro, os EUA deverão anunciar restrições mais rigorosas às exportações para o gigante asiático.
Em Wall Street, a Nvidia sofreu perdas de cerca de 4% antes de abrir negócios em Nova York.
Por sua vez, as ações da TSMC listadas em Taiwan fecharam em queda de 2,4%. ASML caiu cerca de 8% na Euronext. A Tokyo Electron fechou em queda de quase 7,5% no Japão.
A possibilidade de novas restrições ainda pressiona o ETF SMH (ETF VanEck Semicondutores), que é formada pelas 25 principais empresas do setor, como Nvidia, TSM, AMD e Intel. O fundo de índice caiu cerca de 3,7% nas negociações de pré-mercado em Wall Street.
Com um tempo Além de imperfeito, o desempenho negativo ainda deve impactar o CHIP11, primeiro ETF de semicondutores que estreia hoje na bolsa brasileira e tem como objetivo replicar o desempenho do SMH.
Em entrevista com Semana de Negócios Bloomberg publicado ontem, Donald Trump afirmou que Taiwan deveria pagar a Washington pela defesa do seu território — levantando dúvidas sobre o compromisso dos EUA em defender Taipei de um possível ataque chinês caso o ex-presidente retorne à Casa Branca.
Mas, além dos comentários mais duros de Donald Trump, a administração de Joe Biden também deixou claro que está considerando uma ampla repressão às empresas que exportam equipamentos essenciais para a fabricação de chips para Pequim, de acordo com o Bloomberg.
Atualmente, os EUA utilizam uma medida abrangente chamada “Regra de Produto Direto Estrangeiro” (FDPR).
Basicamente, o FDPR diz que, se um produto foi fabricado com tecnologia americana, o governo dos EUA tem o poder de impedir a sua venda – mesmo que seja fabricado num país estrangeiro e utilize a menor quantidade possível de tecnologia americana.
Novas restrições dos EUA a gigantes de chips
Os Estados Unidos estão a apresentar a ideia às autoridades do Japão e da Holanda como um resultado cada vez mais provável se os países não endurecerem as suas próprias medidas contra a China, afirma o relatório. Bloomberg.
O objectivo seria aumentar o número de aliados na “guerra comercial” para limitar a capacidade das suas empresas de manter e reparar equipamentos restritos que já estão na China – o que as empresas norte-americanas estão proibidas de fazer.
A medida avaliada por Biden seria usada para reprimir negócios na China da fabricante japonesa de chips Elétron de Tóquio e pelos holandeses ASMLque fornece sistemas para a indústria de semicondutores.
Na quarta-feira, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Lin Jian, disse que “os países relevantes” deveriam “resistir firmemente à coerção e defender conjuntamente uma ordem comercial internacional justa e aberta para proteger os seus próprios interesses a longo prazo”. prazo”.
Em 2022, a maior economia do mundo decidiu impor restrições radicais à venda de chips avançados e equipamento de fabrico à China, numa estratégia para impedir que Pequim obtenha tecnologia de ponta e reforce as suas forças armadas.
Em maio deste ano, os EUA revogaram licenças de exportação que permitiam que empresas como Intel e Qualcomm enviassem chips para a empresa chinesa, segundo informações do Departamento de Comércio dos EUA enviadas ao CNBC.
Apesar de visarem diretamente empresas como a Huawei, as regras também custaram às empresas norte-americanas milhares de milhões de dólares em receitas.
De acordo com os representantes da indústria de chips dos EUA, as actuais políticas comerciais estão a prejudicar as empresas americanas de semicondutores e ainda não conseguem travar o progresso chinês tanto quanto o governo esperava.
*Com informações da CBNC, Bloomberg e Yahoo Finance.
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