A quarta-feira (12) começou com boas notícias no exterior, no dia da decisão de política monetária nos Estados Unidos. A inflação da maior economia do mundo ficou estável em maio em relação a abril e as apostas em até dois cortes até o final do ano ganharam força.
Mas o mercado interno não teve a mesma sorte. Pouco depois do início das operações no B3a agenda esvaziada deu lugar a um aumento da aversão ao risco dos activos locais.
E, mais uma vez, o problema é o Cenário fiscal brasileiro. O principal índice do mercado de ações, o Ibovespa, atingiu o menor valor desde junho de 2023, em 119.830,26 pontos, e o dólar disparou para R$ 5,4299. A curva de juros futuros (DIs) passou a precificar a Selic entre 11,25% e 11,5% ao final do ano. Siga os mercados.
O movimento foi uma reação imediata dos investidores às declarações do presidente Lula.
“Estamos a limpar a casa e a pôr as contas públicas de forma a garantir o equilíbrio fiscal. O aumento da receita e a queda da taxa de juro vão permitir-nos reduzir o défice sem comprometer a capacidade de investimento público. nosso regime mais eficiente, deixando de penalizar os mais pobres e tornando a economia mais competitiva”, disse Lula em evento no Instituto Future Investment Initiative (FII), realizado hoje no Rio de Janeiro.
Segundo o presidente, “o mais importante para os investidores é a estabilidade” e, para ele, “o Brasil tem muito a oferecer”.
Casa (externa) em ordem?
Um dos entraves às contas públicas é justamente a arrecadação. As falas de Lula acontecem um dia depois de o Congresso devolver uma medida provisória (MP) para compensar a prorrogação da isenção da folha de pagamento —que beneficia 17 setores da economia.
Em linhas gerais, a MP limitou a remuneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
Ontem (11), antes da devolução da medida, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não tinha ‘plano B’ caso a proposta não fosse aceita pelo Congresso.
“Nós não temos [um plano B; outra proposta]. E estamos preocupados porque identificamos fraude na compensação do PIS/Cofins. Então, teremos que construir também uma alternativa de combate às fraudes, o que seria uma solução, mas já estou conversando com algumas lideranças para ver se a gente dá um jeito”, disse Haddad aos jornalistas.
A decisão do Congresso ressoa hoje como um possível sinal de enfraquecimento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
“A volta da MP do PIS/Cofins é até positiva, porque seria prejudicial às empresas. Mas, por outro lado, reforça a percepção de deterioração fiscal, porque Haddad disse que o Tesouro não tem um plano B para compensar a redução dos impostos sobre a folha de pagamento”, afirma Larissa Quaresma, analista da Empiricus.
Para ela, os discursos de Lula reforçaram a estratégia de fazer ajustes através das receitas, diminuindo a esperança de redução de despesas.
“Como resultado, o mercado mais uma vez incorpora mais prémio na curva de taxas de juro futuras, incorporando inflação mais elevada e mais risco institucional com potencial para novas frentes de aumento da carga fiscal. A incerteza continua alta e o mercado está avaliando isso”, disse ele.
Ibovespa e dólar: vem um respiro?
Os ventos contrários no mercado brasileiro podem perder força — e o Ibovespa pode reduzir as perdas ao longo da sessão — dependendo do cenário externo.
Além da inflação dos Estados Unidos melhor que a esperada para maio, o Federal Reserve (Fed) decide a taxa de juros do país.
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês; equivalente ao BC Copom brasileiro) deve manter inalteradas as taxas de juros na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano.
A expectativa é que haja alguma indicação de um ou dois cortes até o final do ano, na coletiva de imprensa dada pelo presidente do Fed, Jerome Powell, após a decisão.
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