Um dos riscos de ter uma carteira concentrada em apenas um inquilino ou devedor é que, caso ele entre em padrãoa ausência de pagamento tem forte impacto nos resultados da carteira.
É o que acontece com um fundo imobiliário da B3, o Hotéis em mogno (MGHT11). O FII caiu mais de 14% nesta terça-feira (9) e segue operando com forte queda de dois dígitos no início da tarde após reportar inadimplência que cobre grande parte da carteira.
O FII informou anteriormente ao mercado que não recebeu o pagamento do tarifas de junho de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) Selina. Os títulos representam 53% do patrimônio líquido do MGHT11 e o devedor é o Selina Brasil Hospitalidades.
Além disso, o aluguéis do Hotéis Selina na Vila Madalena, em São Paulo, e em Búzios, no Rio de Janeiro — dois ativos que compõem 52% da carteira do fundo — também não foram pagos pela Selina Brazil Hospitalidades e Hospedagem da Operação Selinaquem são os inquilinos.
Considerando a inadimplência de CRIs e aluguéis, a administração informa que o impacto na receita do Mogno Hotéis é de aproximadamente R$ 0,527 por ação. Mas lembre-se que, considerando a data base de maio deste ano, o fundo tinha uma reserva acumulada de caixa para distribuir R$ 0,49 por ação.
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Inadimplência pode levar ao vencimento antecipado do CRI
Além do impacto financeiro imediato na receita, os aluguéis do imóvel em Búzios são garantia de CRI emitido para financiar a aquisição do empreendimento. A compra foi realizada por meio de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), The Pearl Hotel, e custou R$ 35 milhões.
O FII explica que, por enquanto, os recursos do fundo de reserva foram utilizados para pagar os juros e amortização do título. Porém, caso a inadimplência não seja sanada, o CRI poderá ter seu vencimento declarado antecipadamente.
Neste cenário, a SPE, cedente da operação, será obrigada a recomprar os créditos imobiliários que lastreiam a emissão.
Esta não é a primeira inadimplência do fundo imobiliário
De acordo com o comunicado enviado ao mercado, a gestora MGHT11 “tem feito todos os esforços” para resolver a inadimplência de aluguéis e CRIs. Vale destacar que não é a primeira vez que o fundo imobiliário tem problemas para receber o aluguel de Selina.
O relatório de gestão do mês passado mostra que o inquilino dos imóveis já tinha atrasado os pagamentos, pagando em maio rendas que deveriam ter sido depositadas em abril e repetindo o procedimento no mês seguinte.
A equipe do Mogno Hotéis diz que mantém uma série de reuniões com os administradores dos dois devedores e também com a administração da controladora de ambos, Selina Hospitalidade PLC.
A Administração ressalta que a empresa em questão não é devedora ou garantidora, direta ou indireta, dos CRIs ou contratos de arrendamento com o FII. Por outro lado, consolida a atuação global da marca Selina.
Além disso, a Selina Hospitality PLC possui ações listadas na bolsa de valores dos EUA Nasdaq e, em suas últimas comunicações à SEC — Comissão de Valores Mobiliários, equivalente à CVM brasileira —, revelou que enfrentava problemas financeiros.
Ainda segundo a administração da Mogno Hotéis, num formulário publicado no início deste mês a empresa assumiu que “está a enfrentar graves problemas de fluxo de caixa e de liquidez”.
Ó O teu dinheiro não conseguiu entrar em contato com a operação brasileira da Selina. Também contatada, a Selina Hospitality PLC não enviou posicionamento oficial até a publicação desta matéria, que será atualizada caso a empresa envie nota.
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