2024 começou com a promessa de que seria um ano para fundos imobiliários de tijolo, como são chamadas as carteiras de ativos reais como escritórios, armazéns e shopping centers, brilham. Mas, com a mudança radical do cenário econômico, a situação também se inverteu para a classe.
Em meio ao fim do ciclo de corte das taxas de juros Selic ainda em dois dígitos e o inflação mais resiliente do que o esperado, o FIIs de ativos financeiros encerrou o primeiro semestre com o maior aumento do setor e deve seguir com cotas (e dividendos) alta nos próximos meses.
Os fundos da categoria, também conhecidos como fundos de papel para aplicação em títulos de crédito do setor imobiliário, são objeto de relatório publicado pela Itaú BBA nesta segunda-feira (22).
“Continuamos avaliando quais fundos indexados à inflação são ótimas opções para compor uma carteira robusta e diversificada, bem como aqueles indexados ao CDI, que devem continuar distribuindo altos retornos”, diz a publicação assinada por Larissa Gatti Nappoo analista de FII do banco de investimento.
Fundos imobiliários de papel recomendados pelo Itaú BBA
Além de analisar as perspectivas e os principais nomes do setor, o relatório também revela as escolhas do Itaú BBA dentro do segmento.
O banco de investimentos avaliou 18 fundos imobiliários para a publicação. Desse total, um está sob restrição, três possuem recomendação de venda, seis são neutros e para oito deles a recomendação é de compra.
“Continuamos preferindo fundos com carteiras de qualidade, com gestão experiente e garantias robustas, características muito bem-vindas em qualquer cenário econômico”, afirma o analista.
Entre as recomendações de compra estão três fundos Kinea que atendem a todos os requisitos citados: Kinea High Yield (KNHY11), Kinea Price Index (KNIP11) e Kinea Securities (KNSC11).
O Itaú BBA destaca que o trio possui portfólio diversificado, liquidez relevante que facilita a negociação, gestão com boa capacidade de originação de ativos e boa estruturação de garantias — ou, no caso do KNHY11, um dos menores riscos de crédito entre os fundos do tipo high yield.
Confira abaixo as outras cinco recomendações de compra do Itaú BBA e um resumo dos principais pontos positivos que o banco de investimento vê em cada uma delas:
- CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11): carteira diversificada, relação risco e retorno atrativa, qualidade creditícia interessante dos devedores, gestão com capacidade de originação de ativos e flexibilidade na alocação de recursos;
- Recebíveis Imobiliários Mauá Capital (MCCI11): liquidez relevante, LTV médio confortável; posição majoritária em cerca de 75% dos CRIs da carteira e garantias robustas;
- RBR Rendimento Alto Grau (RBRR11) e RBR Crédito Imobiliário Estruturado (RBRY11): rating das operações alinhadas à estratégia, ancoragem de mais de 80% dos CRIs que compõem a carteira, garantias robustas e bem localizadas; gestão experiente e com alta capacidade de originação;
- Juros Vectis Real (VCJR11): No geral, o LTV das operações é confortável, 82% das garantias estão no estado de São Paulo e o risco de crédito dos devedores é interessante.
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