Com a volatilidade e as incertezas que cercam o mercado brasileiro – especialmente aquelas ligadas à política monetária norte-americana – o IPOs secou no Brasil e até no ofertas de ações subsequentes não têm sido tão frequentes.
Mas este cenário mais difícil para Bolsa deu espaço para renda fixa brilhar no primeiro semestre deste ano. A classe de ativos preferida dos brasileiros correspondeu a 90% do volume de emissões do mercado de capitais, segundo dados do Anbima divulgado nesta quarta-feira (17).
As ofertas em mercado de capital atingiu R$ 337,9 bilhões no primeiro semestre, com emissões apenas de títulos de renda fixa foram responsáveis por nada menos que R$ 305 bilhões, ambos números recordes. As emissões de renda variável correspondeu a apenas R$ 4,9 bilhões, patamar bem inferior aos semestres anteriores.
Mudanças nas regras de LCI, LCA, CRI e CRA impulsionam debêntures
Dentro da renda fixa, os destaques foram debênturestítulos de dívida emitidos por empresas, que além de suprirem a necessidade de capital das empresas num momento de seca das ofertas em bolsa, também foram destino preferencial de recursos que buscavam uma alternativa livre de imposto de Renda após a mudança nas regras de Cris, CRAs, LCI Isso é ACVs No início do ano.
Isso ocorre porque o debêntures incentivadasaqueles que captam recursos para projetos de infraestrutura estão isentos de imposto de renda para pessoas físicas, assim como os fundos destinados ao varejo que investem principalmente nesses títulos.
Assim, com o aumento do prazo de carência para LCI e LCA de três para 12 e nove meses, respectivamente, os investidores pessoas físicas correram para o ativo que consideravam alternativo e que não possui esse tipo de restrição. liquidez.
Além disso, havia o temor de que as regras de emissão de debêntures também pudessem ser alteradas, o que levou os investidores a se anteciparem e alocarem seus recursos nesse mercado.
As debêntures captaram R$ 206,7 bilhões no primeiro semestre, maior volume da série histórica para esse período. Somente os incentivados representaram um volume de R$ 64,4 bilhões no período, também recorde, superando inclusive o já elevado nível de captação de R$ 55,1 bilhões no segundo semestre de 2023.
O valor arrecadado pelas debêntures incentivadas no primeiro semestre, aliás, supera todo o volume anual de 2021 e 2022 e quase empata o volume de 2023.
CRIs e CRAs não se saíram mal
Mas apesar das restrições impostas à emissão de CRIs e CRAs, esses títulos incentivados não tiveram um desempenho ruim no semestre. As emissões de CRIs atingiram R$ 31,4 bilhões no semestre, enquanto as de CRAs totalizaram R$ 19,4 bilhões, captação recorde no período. Em ambos os casos, o volume ficou pouco abaixo do semestre anterior e superou facilmente o primeiro semestre de 2023.
“No caso dos CRIs e CRAs, ainda não conseguimos sentir plenamente os efeitos das novas regras, mas o volume teria sido ainda maior sem a mudança na regulação”, afirmou. Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação do Mercado de Capitais da Anbimanuma conferência de imprensa esta tarde.
A participação de pessoas físicas caiu, mas em volume muito maior
A participação das pessoas físicas na oferta de debêntures no primeiro semestre foi de 3,2%, bem abaixo dos 6,3% do semestre anterior e dos 4,3% do primeiro semestre do ano passado. Entre os incentivados, as pessoas físicas responderam por 9,1% do financiamento no período, ante 18% no segundo semestre de 2023 e 25,9% no primeiro semestre.
“A participação das pessoas físicas caiu, mas o volume emitido no primeiro semestre foi bem maior”, diz Maranhão.
Já o fundos de investimento aumentaram significativamente sua participação nas emissões em ambos os casos, respondendo por 46,1% das emissões de debêntures no primeiro semestre (ante 27,5% e 27% nos dois semestres anteriores) e 19,6% das emissões de debêntures incentivadas (ante 14,8% e 8,6% dos dois semestres anteriores). Maranhão lembra, porém, que a maioria dos cotistas dos fundos são pessoas físicas.
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Chama a atenção o tamanho da participação de investidores vinculados às ofertas, como os bancos coordenadores, que no primeiro semestre correspondeu a quase metade do volume de debêntures e 66,1% do volume de debêntures incentivadas – em neste último caso, uma percentagem superior à dos períodos anteriores.
Segundo Guilherme Maranhão, porém, esse fenômeno não significa que o mercado esteja desacelerando, pois o movimento no mercado mercado secundário – quando um investidor compra o papel de outro, em vez de comprar do emissor na oferta – mostrou-se aquecido.
No caso das debêntures em geral, o volume negociado no secundário cresceu 30,7% no primeiro semestre do ano em relação ao anterior, para R$ 334,7 bilhões. O número de negociações, por sua vez, aumentou 30,4%, para R$ 680 milhões.
O volume negociado no mercado secundário de debêntures incentivadas cresceu 53,4% no primeiro semestre em relação ao anterior, para R$ 120,4 bilhões.
Ofertas de ações caem acentuadamente
Sem IPOs nos últimos dois anos – e, aparentemente, caminhando para o terceiro ano sem novas ofertas públicas iniciais de ações –, o mercado de capitais brasileiro teve apenas seis ofertas de renda variável no primeiro semestre, todas subsequentes (acompanhamentos).
O volume movimentado foi de apenas R$ 4,9 bilhões, bem abaixo dos R$ 17,9 bilhões do segundo semestre de 2023 e dos R$ 13,5 bilhões do primeiro semestre do ano passado.
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