Em meio às oscilações do mercado e às incertezas do cenário macroeconômico, o renda fixa É uma das opções preferidas dos investidores que buscam segurança e bons retornos.
Em junho, o mercado refletiu o ambiente desafiador quanto à trajetória das taxas de juros nos Estados Unidos, o que deixou os investidores mais céticos quanto ao alívio das taxas.
Aqui, o destaque foi a decisão do Banco Central (BC) de interromper o ciclo de redução dos juros em 10,50% ao ano na última reunião do seu Comitê de Política Monetária (Copom).
Mesmo com o cenário de incerteza sobre os cortes nos juros nos EUA e como eles impactariam por aqui, Santander, BTG Pactual e XP Investimentos recomendam uma série de títulos prefixados atrelados à inflação para investir em julho.
Porém, títulos vinculados à Selic e ao CDI, como o título Selic do Tesouro público e alguns CDBs e CRAs pós-fixados, ainda são atrativos para alocação, e não apenas para a reserva de emergência, pela falta de perspectiva de queda nas taxas de juros até o final do ano.
Confira os títulos recomendados por Santander, BTG Pactual e XP Investimentos
Santander: Tesouro IPCA+ 2035 para se proteger da inflação
Com rentabilidade real, ou seja, protegido contra a inflação elevada, o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2035 é a escolha do Santander para o mês de julho. Segundo o banco, o aplicativo é recomendado para investidores que desejam poupar no médio ou longo prazo, inclusive para a aposentadoria. Entre as desvantagens, porém, está a marcação a mercado, que pode levar à desvalorização do papel à medida que as taxas de juros futuras (e suas taxas) avançam. O título está disponível no Tesouro Direto com rentabilidade de IPCA + 6,32% ao ano.
XP Investimentos: títulos públicos para diferentes cenários de taxas de juros
Entre os títulos vinculados à taxa básica de juros, o Tesouro Selic 2027com rentabilidade composta por Selic + taxa de 0,0756% ao ano, foi a escolha do mês da XP Investimentos. A projeção da XP é que a alíquota termine 2024 e 2025 em 10%.
“Apesar da redução esperada, os ativos pós-fixados devem continuar se beneficiando do patamar da taxa básica, ainda acima da inflação projetada”, afirma a corretora, em relatório. Por conta disso, a XP recomenda o Tesouro Selic para reserva de emergência ou gestão de caixa.
Outro título público escolhido pela XP é Tesouro Prefixado 2026, que oferece rentabilidade de 11,01% ao ano. Por ter taxa fixa de retorno dos investimentos, esse título prefixado é benéfico em cenários onde há expectativa de queda nas taxas de juros, segundo a corretora. “Além disso, esses ativos são recomendados para quem busca previsibilidade, independentemente das expectativas de taxas de juros futuras.”
Por fim, o último título público indicado é o Tesouro IPCA+ com juros semestrais com vencimento em 2028. Nesse título, a rentabilidade é pré-determinada na forma de taxa de juros, mas também corrigida por um índice de inflação, o IPCA. Nesse caso, o título paga remuneração calculada pelo IPCA + 6,01% ao ano.
A expectativa da XP é que a inflação brasileira termine 2024 em 3,7% e 2025 em 4,0%. Por conta disso, a corretora vê a importância de manter uma parcela dos ativos da carteira atrelada à inflação para se proteger do seu efeito ao longo do tempo, “especialmente considerando a imprevisibilidade em relação à sua trajetória em prazos mais longos”.
Vale lembrar que o Tesouro IPCA+ com Juros Semestral 2028 e o Tesouro Prefixado 2026 não estão disponíveis no Tesouro Direto, apenas no mercado secundário, via mesa de negociação da corretora, onde são negociados como NTN-B 2028 e LTN 2026, respectivamente. Os títulos com vencimento mais próximo no Tesouro Direto hoje são o Tesouro IPCA+ 2029 e o Tesouro Prefixado 2027.
Para quem busca mais rentabilidade na carteira de renda fixa, a corretora também recomenda Debênture da Energisa (ENGIB9) com vencimento em setembro de 2033, que oferece IPCA + 6,2%. Apesar da alta volatilidade, a debênture de um dos principais grupos privados do setor elétrico no Brasil é indicada como uma boa alternativa com alta rentabilidade para quem consegue carregar o título até o vencimento, além de ser isenta de imposto de renda.
Entre os títulos emitidos pelos bancos e protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), a escolha é o CDB PagBank com vencimento em outubro de 2025 – e que pode render até 107,25% do CDI. A corretora destaca a diversificação da carteira operacional da empresa e a redução da inadimplência entre as vantagens de investir no título de renda fixa do banco digital.
Finalmente, XP indica o Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) da Cyrela (CYRE3) vencimento em abril de 2031, que rende até 104,6% do CDI. A corretora destaca a baixa alavancagem e a geração positiva de caixa da construtora, mas a exposição à atividade econômica é um dos pontos de atenção levantados.
BTG Pactual: Títulos isentos de Imposto de Renda atrelados à inflação e ao CDI
A lista de títulos de crédito privado isentos de Imposto de Renda do BTG referente ao mês de julho inclui uma carteira variada de debêntures incentivadas, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) indexados tanto ao CDI quanto ao IPCA.
No seu relatório, o banco seleccionou activos de diversos sectores, como Transportes e Logística, Educação, Concessão Rodoviária, Petróleo e Gás, Energia e Saneamento.
Entre as debêntures recomendadas, os títulos de Igua Rio de Janeiro (IRJS14/IRJS15) têm a maior rentabilidade, com rentabilidade de IPCA + 7,43% ao ano para o vencimento em fevereiro de 2044 e de IPCA + 7,26% ao ano para o título com vencimento em 2043. Entre os atrativos da empresa de saneamento estão a recente classificação de risco agência de rating S&P para a nova emissão de debêntures, reiterando a alta qualidade de seu crédito.
Ó Cogna Educação CRI é outro ativo recomendado para uma estratégia moderada, na visão dos analistas do BTG Pactual. O investimento tem vencimento em julho de 2029 e tem rentabilidade composta por IPCA + 7,27% ao ano. Segundo o banco, a empresa líder no setor de educação em base de alunos possui linhas de negócios diversificadas em diversos segmentos de educação e alavancagem moderada.
Já o CRA de Minerva Também está entre as principais escolhas do BTG. Com vencimento em setembro de 2028, o título tem rentabilidade composta pelo CDI + 0,80% ao ano para uma estratégia de investimento moderada.
Segundo o banco, a empresa do setor frigorífico tem um longo histórico de sucesso na integração de plantas adquiridas e um prêmio de crédito atrativo. Além disso, a situação atual favorece as exportações de carne bovina da empresa.
Investimento | Retorno anual para quem compra o papel hoje e o leva ao vencimento |
CRA Armac (CRA022007KH) | N / D |
Cogna CRI (22E1321749) | IPCA + 7,27% ao ano |
Debêntures da Eletrobras (ELET14) | IPCA + 6,08% ao ano |
Debêntures de Petróleo 3R (RRRP13) | IPCA + 7,14% ao ano |
Debênture Rota das Bandeiras (CBAN12) | IPCA + 6,39% ao ano |
Debênture Comercial (COMR14) | IPCA + 6,70% ao ano |
Debêntures Iguá Rio de Janeiro (IRJS14 / IRJS15) | IPCA + 7,43% ao ano / IPCA + 7,26% ao ano |
CRA Madero (CRA02300MZT) | N / D |
CRA Minerva (CRA02300MJ9) | CDI + 0,80% ao ano |
CRA JSL (CRA024001P7) | N / D |
Debênture de Energia de Origem (ORIG21) | 13,16% ao ano |
Tesouro IPCA 2035* | IPCA + 6,37% |
Tesouro Selic 2027 | Selic + 0,0756% |
Tesouro Prefixado 2026* | 11,01% |
Tesouro IPCA+ Juros Semestral 2028* | IPCA+ 6,01% |
CDB PagBank* | 107,25% CDI |
Debênture Energisa (ENGI11)* | IPCA + 7,5% |
Fonte: BTG Pactual, XP Investimentos e Tesouro Direto
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