Com a mudança no cenário macroeconômico e a queda no apetite ao risco dos investidores, as ações de Moura Dubeux (MDNE3) praticamente zeraram a alta registrada até agora em 2024, assim como outros nomes do construção.
Porém, se os avanços desaceleraram no mercado de ações, na frente operacional a empresa líder de mercado no Nordeste continua com bom desempenho e acaba de divulgar o melhor visualização operacional da sua história.
Os lançamentos saltaram 83,8% em relação ao primeiro trimestre do ano e atingiram R$ 637 milhões. As vendas líquidas cresceram 32,1% na mesma base de comparação e se aproximaram do R$ 500 milhões.
“Não conseguimos administrar tanto o preço das ações, mas os resultados da empresa só melhoraram. O lucro acumulado nos últimos 12 meses está crescendo e os dados operacionais também”, afirma Diego VillarCEO da empresa.
Villar conversou com o O teu dinheiro sobre o desempenho do segundo trimestre, diz o que esperar do balanço e revela ainda que a previsão para a primeira distribuição de dividendos da Moura Dubeux será antecipado.
Confira abaixo os destaques da entrevista.
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Quando conversamos pela última vez, em abril, as ações da Moura Dubeux haviam valorizado quase 200% em doze meses. Agora, as ações desaceleraram o avanço e, embora ainda estejam em alta, os ganhos caíram para cerca de 28%. Como você avalia essa reviravolta no desempenho?
Não conseguimos administrar tanto o preço das ações, mas os resultados da empresa só melhoraram. O lucro acumulado nos últimos 12 meses está crescendo e os dados operacionais também.
O que aconteceu connosco foi basicamente o que aconteceu com todos os outros promotores: houve uma queda generalizada na valorização em grande parte devido à expectativa de que praticamente desapareceu com a queda na taxa de juros, a Selic.
A discussão sobre o equilíbrio fiscal no país também acaba afetando a todos nós. Mas isso não reflete, a meu ver, o nosso resultado médio ou o de outras empresas. É basicamente uma questão de análise de risco e retorno que o mercado acaba aplicando às incorporadoras em geral.
Essa virada no cenário macroeconômico afeta as perspectivas de atuação da empresa ou elas permanecem positivas?
O mercado imobiliário do Nordeste tem uma característica um tanto singular em relação às outras regiões brasileiras, principalmente o Sudeste, onde você tem mais dados e mais monitoramento.
As empresas, como um todo, atuam com baixo estoque de prateleira. Hoje temos cerca de um ano de produtos em estoque, contra cerca de 18 a 19 meses no Sudeste.
Além disso, a baixa concorrência faz com que consigamos manter elevado o VSO da empresa, mesmo em momentos adversos como o atual, que é mais especulativo do que afeta a vida real.
Se olharmos, a expectativa de redução dos juros caiu. Mas, nos últimos 12 meses, o que aconteceu de fato foi uma queda nas taxas de juros, que acabou trazendo, para o Brasil, uma baixa taxa de desemprego e, mais recentemente, uma melhoria na renda.
E uma região que não tem tanta oferta imobiliária tem naturalmente um dinamismo econômico próprio que desperta o desejo de compra do imóvel. A prévia operacional reflete isso, a Moura Dubeux teve crescimento nos últimos 12 meses, seis meses e no próprio trimestre. Este foi o melhor trimestre da história da empresa em termos de vendas líquidas.
Seguindo a estratégia da Moura Dubeux, os lançamentos aceleraram significativamente em relação ao primeiro trimestre, com um aumento de 83,6%, mas o aumento foi mais modesto, em torno de 7%, em comparação com o mesmo período do ano passado. Por que?
É um efeito sazonal da data de lançamento. Somos obrigados a apresentar resultados trimestrais, mas se olharmos o quadro do nosso plano de lançamento, vemos que, desde o Valor Geral de Vendas (VGV) lançados no trimestre, um volume significativo ocorreu em junho. Agora em julho continuamos lançando produtos, em agosto e setembro também.
Então tivemos um início de ano um pouco mais tímido porque procuramos sempre sentir o mercado e entender para onde ele está indo e, à medida que ele reage positivamente, vamos apresentando os produtos.
A velocidade de vendas (VSO) manteve-se praticamente estável e acima de 40% pelo 16º trimestre consecutivo. Como você avalia essa conquista?
Não só o VSO, mas todos os indicadores financeiros da Moura Dubeux possuem característica de disciplina. Não queremos crescer por crescer. Poderíamos até operar em um porte maior se não fosse a nossa disciplina em relação à gestão do caixa.
Mas somos muito cautelosos em manter as margens do projeto. Não queremos ter uma série de canteiros onde seja necessário comprometer a qualidade para o nosso cliente e os resultados para o nosso acionista. E, ao mesmo tempo, como nosso modelo de negócio é intensivo em capital, também somos cautelosos no mix de condomínios e empreendimentos para manter a consistência na qualidade das vendas, o VSO reflete isso.
Na nossa última entrevista, em abril, você me contou que a previsão para começar a pagar dividendos era a partir do primeiro trimestre de 2025. Vai continuar igual ou pode ser acelerado já que a empresa gerou R$ 19 milhões de caixa neste trimestre?
Sim, será acelerado, pagaremos dividendos este ano. Como eu disse, estamos otimistas em relação ao nosso posicionamento no Nordeste, mas estamos muito cautelosos em relação à gestão de caixa. E, como estamos muito cautelosos, o trimestre acabou sendo mais favorável que o planejado. Houve geração de caixa e a nossa expectativa agora é pagar dividendos no quarto trimestre.
O que podemos esperar para o balanço do segundo trimestre?
Refletirá em grande parte qual tem sido a evolução trimestre a trimestre. Veremos mais uma vez crescimento em todos os indicadores financeiros, como já ocorreu no primeiro trimestre e considerando o rumo da empresa para o ano de 2024, que é superar o lucro líquido de R$ 200 milhões.
Então o que se pode esperar é algo muito alinhado com o que foi a prévia operacional: melhorias e resultados. Gostaria de ressaltar novamente que esta é a melhor prévia que já tivemos para um trimestre separado na história da companhia e já iniciamos o terceiro trimestre muito fortes.
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