Quem é acionista de ambos fundos de investimento em cadeias produtivas agroindustriais (fiagros) de Missão AZ Você pode notar uma distribuição de dividendos um pouco menor nos próximos dois meses.
Isso ocorre porque os rendimentos provenientes Sola AZ Quest (AAZQ11), que está listada na B3, e o AZ Quest Luna (AZQA11)negociados na Cetip, deverão ser afetados pelos desdobramentos de uma operação do Policia Federal acionado na semana passada.
A notícia, confirmada pelos fundos via comunicado, provoca queda no preço do AAZQ11 no pregão desta quarta-feira (12). Por volta das 13h10, as cotas registravam queda de 2,86%a R$ 7,48.
A ação da PF em questão, denominada “Operação Lavagem Verde“, ocorreu no dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente. O objetivo era “desestabilizar uma suposta organização criminosa suspeita de vender cerca de R$ 180 milhões em créditos ilegais de carbono”.
O crédito de carbono é um certificado digital que comprova que uma empresa ou projeto ambiental evitou a emissão de uma tonelada de dióxido de carbono, mais conhecido pela sigla CO2, na atmosfera.
O ativo é negociado em mercado próprio e utilizado por empresas para compensar a poluição por carbono. Porém, no caso dos créditos investigados pela PF, a suspeita é que tenham origem em áreas da União invadidas ilegalmente.
Devedor do CRA está na carteira do fundo em que os dois fiagros investem
Vale ressaltar que os dois fiagros do AZ Quest não negociaram diretamente os créditos de carbono sob suspeita.
Porém, eles (e seus dividendos) estão indiretamente expostos à Operação Greenwashing por meio de outro elo: a empresa Stoppe Ltda.um dos alvos da Polícia Federal e devedor de direitos creditórios que respaldam Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs).
Os CRAs em questão fazem parte de um fundo de investimento em direitos creditórios, ou FIDC, denominado Caetê Fiagro e que está no portfólio AZ Quest Sole e AZ Quest Luna. O ativo representa 9,88% do patrimônio líquido da AAZQ11 e 5,79% do patrimônio líquido da AZQA11.
Segundo os relatos, o processo judicial que sustenta o funcionamento da PF está, em sua maior parte, sob sigilo judicial. Portanto, a informação disponível “é limitada neste momento”. Mas, segundo os gestores dos fundos, um dos cernes da investigação é a possível adulteração de registros públicos por parte de agentes governamentais.
O AZ Quest cita ainda que, em entrevista concedida à Reuters, o delegado da PF responsável pela operação disse entender que as empresas que adquiriram o crédito de carbono eram “terceiros de boa fé” e que não teriam condições de verificar se o área onde foi realizado o projeto que gerou o ativo era ilegal.
A AZ Quest acrescenta que, como investidora do fundo que detém os CRAs, está em contato com o gestor do FIDC desde a divulgação das primeiras notícias e trabalha para que “todas as medidas sejam tomadas” para preservar os direitos sobre o ativo. .
Juntamente com um escritório de advocacia, também avalia medidas para proteger esses direitos tanto na esfera civil quanto na criminal. Confira o posicionamento completo do AZ Quest.
O impacto nos dividendos
É importante ressaltar que, por enquanto, o vencimento antecipado dos CRAs não foi declarado. O tema será tema de assembleia de titulares que será realizada futuramente.
Mas a operação já afetou os fundos: o administrador e gestor do Caetê promoveu uma redução de 50% no patrimônio líquido do FIDC.
Segundo estimativas da AZ Quest e da XP, administradora dos dois fiagros, o evento terá impacto de 7,82% no valor patrimonial unitário da ação AZ Quest Sole. O efeito na distribuição de dividendos deverá ser aproximadamente R$ 0,015 por mês.
No caso do AZ Quest Luna, o cálculo é menor, de 1,93%. Porém, deverá impactar os dividendos do fiagro nos meses de junho e julho, normalizando-se no período subsequente.
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