O diretor de Política Monetária da Banco Central, Gabriel Galípolo, brincou nesta terça-feira (25) ao dizer que ficou feliz por ser visto como “novo” pelos agentes do mercado financeiro. O executivo de 42 anos participava de webinar da Warren Investimentos, quando comentou a decisão de Copom na semana passada e a acta da reunião publicada hoje.
Galípolo é o principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, lembrando que o atual presidente do BC, Roberto Campos Netopermanecerá no comando do município até o final deste ano.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já havia declarado que nomeará uma “pessoa madura, experiente e responsável” como presidente da instituição.
“Por um breve momento, quando surgiram dúvidas sobre o meu nome, sobre a maturidade, fiquei quase feliz, porque pensei que estavam pensando que eu era jovem. Já não é assim”, disse Galípolo.
Contudo, alguns dos agentes consideraram que poderia escolher outro que não Galípolo, o que levantou o alarme sobre a possibilidade de nomeações mais resistentes.
O diretor brincou que a questão é se ele é considerado maduro e que o economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto, o conhece bem.
Galípolo comenta decisão do Copom
O diretor de política monetária afirmou ainda que o comitê utilizou a palavra “interrupção” para posicionar o painel em relação ao ciclo de juros para deixar o cenário aberto, sem definir um orientação.
Afirmou que se aterá ao máximo à comunicação oficial, com o que foi publicado no comunicado ou ata desta terça-feira. Isso porque, para ele, qualquer discurso dissonante seria interpretado como um erro —e tanto a ata quanto o comunicado representavam plenamente o que estava em sua cabeça.
“A palavra que usamos é interrupção, mas claramente não queremos fazer nada orientação avançar. Usamos a palavra interrupção, mas vamos deixar em aberto para ver como as coisas vão se desenrolar”, disse Galípolo, quando questionado se o ciclo de corte de juros foi interrompido ou encerrado.
Galípolo afirmou que desde o Copom de maio, em que o colegiado se dividiu, vinha afirmando que o tempo trabalharia a favor do BC e que não havia divergências sobre o diagnóstico do cenário.
“A ata é uma reafirmação e uma corroboração nesse sentido da coesão que temos aqui, do que está acontecendo no BC”, disse Galípolo, participante nesta terça-feira de discussão sobre a condução da política monetária em um ambiente mais adverso promovida por Warren Investimentos.
Expectativas não ancoradas
Por fim, o candidato a futuro presidente do BC afirmou que a desancoragem ou reancoragem parcial de expectativas era um ponto que já havia causado desconforto em reuniões anteriores do Copom.
“Começamos, no ciclo passado, a dar mais ênfase às expectativas não ancoradas”, disse. Explicou que a desancoragem das expectativas não é o único elemento que sustenta a interrupção do ciclo de redução das taxas de juro.
“Tivemos uma mudança muito acentuada no cenário cambial, do ponto de vista da inflação implícita, juros longos, demonstrando uma economia com dinamismo mais resiliente. Todos esses elementos juntos apoiaram isso”, comentou.
O diretor entende que cabe ao BC, e que a autoridade monetária tem feito isso, reafirmar qual é o arcabouço legal e institucional da política monetária no país.
“Cabe ao poder eleito democraticamente estabelecer uma meta de inflação para a autoridade monetária, que é o Banco Central. Cabe ao BC colocar a taxa de juros em patamar restritivo por tempo suficiente para atingir a meta. do que se trata”, disse ele.
Reiterou que na política monetária nada será usado como desculpa para evitar a prossecução da meta. Galípolo avaliou que o relatório Focus é uma ferramenta “ultra relevante” para orientar a política monetária, e que o BC, em sua institucionalidade, sabe consumir a pesquisa e avaliar possíveis dissonâncias.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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