“Faria Lima, a festa está acabando”. Essa foi a fala do prefeito Eduardo Paes (PSD) ao comemorar mais um passo rumo à criação de uma nova rival da B3 (B3SA3) no Rio de Janeiro.
No início do mês, o político encaminhou à Câmara Municipal do Rio um projeto de lei para a criação de uma nova bolsa de valores no país.
Agora, os vereadores da capital fluminense já se movimentaram, aprovando, na noite desta terça-feira (25), o PL 3276/2024.
O projeto, de autoria conjunta dos Poderes Executivo e Legislativo, cria condições fiscais para a instalação de uma bolsa de valores na cidade do Rio de Janeiro.
Outro ponto principal do projeto é reduzir o valor do Imposto sobre Serviços (ISS) para atividades de bolsa de valores, commodities e futuros, de 5% para 2%.
Mais investimentos, mais impostos
Atualmente, o mercado financeiro brasileiro para empresas públicas está concentrado na B3, com sede em São Paulo. Com a criação da nova Bolsa de Valores, o Rio de Janeiro quer competir com a B3, atraindo empresas que operam com capital público para se instalarem na cidade.
A ideia é que, com o aumento dos investimentos na cidade, o Rio também se beneficie do aumento da arrecadação tributária. Isso explica a redução do ISS, para tornar a cidade mais atrativa.
Entre 2021 e 2023, o setor financeiro foi o quarto maior contribuinte de impostos da capital carioca, representando 9% da receita total, com cerca de R$ 1,5 bilhão. Os dados são da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento do Rio de Janeiro.
“A cidade do Rio de Janeiro tem um mercado maduro e atrativo. Como hoje existe um monopólio por parte da B3, as taxas são muito altas”, afirma o líder do governo, vereador Átila Nunes (PSD).
“Tenho certeza que voltaremos ao que aconteceu nas décadas de 70 e 80, quando o Rio de Janeiro rivalizava com São Paulo de igual para igual no que diz respeito ao mercado financeiro”, disse o vereador.
Lima estaria no Rio?
Em suas redes sociais, o prefeito Eduardo Paes comemorou a aprovação do projeto: “Isso tem um impacto incrível para a cidade e vai nos permitir recuperar o nosso protagonismo econômico”, afirmou. “A cidade mais incrível de todas as cidades e agora a melhor lugar para fazer negócios Faria Lima, a festa está acabando”, brincou o político.
Em sua postagem, o prefeito citou Naji Nahas, megainvestidor e empresário, acusado de manipular a bolsa na década de 1980 e “quebrar” a Bolsa do Rio de Janeiro. “Oh! E prometo não mandar Nagi (sic) Nahas para lá!”, finalizou Paes.
A expectativa é que a nova Bolsa de Valores do país comece a funcionar no início de 2025.
O Mubadala Capital, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos, se prepara para instalar a nova Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, segundo o jornal O Globo.
As operações da nova bolsa seriam realizadas pelo Americas Trading Group (ATG), que aguarda autorização das autoridades.
A Bolsa de Valores do Rio
A Bolsa do Rio foi criada em 1820, ainda na época do Reino Unido com Portugal, no interregno entre o fim da era colonial (1815) e a fundação do Império Brasileiro (1822).
O último pregão ocorreu em abril de 2000, tendo a Bolsa encerrado oficialmente suas atividades em novembro de 2002.
A partir de então, o mercado financeiro passou a se concentrar em São Paulo, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que mais tarde se tornou B3.
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