A privatização da Sabesp (SBSP3) já está sendo considerado maior abastecimento de saneamento da história do País: a operação mudou R$ 14,8 bilhõesdas quais R$ 6,9 bilhões foram inscritos por Equatorial (EQTL3).
A empresa de energia comprou 15% da Sabesp a R$ 67 por ação — no total, foram vendidas 191,7 milhões de ações, além de um lote extra de 28,7 milhões, também a R$ 67 por ação. A oferta atraiu 310 investidores institucionais.
A distribuição das ações entre os investidores que participaram da oferta foi realizada nesta quinta-feira (18). A demanda total do mercado por meio das ações da Sabesp, alcançou R$ 187 bilhõesrecorde de oferta pública no Brasil.
Do total da procura, 53% foram encomendas de investidores estrangeiros e o restante de gestores locais.
O principal coordenador da oferta foi o BTG Pactual, em conjunto com Itaú BBA, Citi, Bank of America e UBS BB. Participaram também Bradesco BBI, Goldman Sachs, JPMorgan, Morgan Stanley, JSafra, Santander e XP.
Liquidação da operação está marcada para segunda-feira
A liquidação da oferta ocorrerá na segunda-feira (22).
Está prevista cerimônia na B3 para marcar a privatização da empresa.
Estão presentes o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, e um representante dos bancos coordenadores.
Equatorial, o acionista de referência
A Equatorial foi qualificada no final do mês passado como investidor de referência em privatizações da Sabesp – o empresa e energia foi a única a entregar proposta por 15% pela Companhia de Saneamento de São Paulo.
Para pagar os R$ 6,9 bilhões ao governo de São Paulo, a Equatorial obteve um empréstimo-ponte em quatro bancoscom prazo de 18 meses.
Paralelamente, ele fez uma emissão de notas comerciais, liquidado nesta terça-feira (16) e que servirá como garantia dos empréstimos. Os bancos participantes da emissão das notas são Itaú BBA, Safra, UBS BB e Bradesco BBI.
O investidor de referência também se comprometeu com uma trancar cinco anos. Isso significa que a Equatorial não poderá se desfazer de sua posição na empresa antes de dezembro de 2029.
No total, a privatização da Sabesp prevê investimentos de cerca de R$ 70 bilhões até 2029 para a universalização dos serviços de água e esgoto no Estado de São Paulo.
Sabesp: uma privatização polêmica
Apesar de ser considerada a maior oferta pública do país, a privatização da Sabesp não agradou a todos.
PT, PV, Rede, Psol e PcdoB ajuizou ações judiciais, inclusive no Supremo Tribunal Federal (STF), contra a venda de ações da empresa. Um dos argumentos a favor da privatização é que a Sabesp foi vendida a preço baixo.
O valor de R$ 67,00 por ação proposto pela Equatorial ficou abaixo das cotações da época e ainda inferior aos valores atuais.
Nos últimos dias, o estoque atingiu máxima histórica de R$ 85 e encerrou quinta-feira (18) em R$ 81,61 — valor 17,9% abaixo da proposta da Equatorial.
*Com informações da Broadcast.
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