Para grande parte da geração de pessoas com 60 anos ou mais, tendo em conta bancos digitais ainda é incomum, com o gosto por bancos tradicionais na maioria da população.
Mas este cenário está mudando. Com o aumento da digitalização dos serviços financeiros nos últimos anos, bancos digitais como o Nubank, atualmente a quarta maior instituição financeira do Brasil em número de clientes, estão conquistando os consumidores jovens.
Lançada nesta quarta-feira (26), a pesquisa Panorama do Sistema Bancário Brasileiro, realizada pela consultoria global Oliver Wyman, da Marsh McLennan, mostra que as instituições financeiras digitais já superaram as tradicionais em número de correntistas.
E a responsável por essa transformação é a geração Z, pessoas de 18 a 29 anos, que correspondem a 21% da população brasileira.
Segundo o estudo, 89% dos correntistas mais jovens possuem conta em bancos digitais. Nos bancos tradicionais, a parcela cai para 76%.
No caso dos millennials, consumidores entre os 30 e os 39 anos, 79% afirmam ter conta em bancos digitais, contra 90% que afirmam ter também conta em bancos tradicionais.
Os bancos beneficiam apenas dos consumidores mais velhos. Na geração baby boomer (60 anos ou mais), 97% declaram ter conta tradicional e apenas 34% possuem conta digital.
A pesquisa entrevistou 3 mil consumidores bancarizados, maiores de 18 anos, das cinco regiões brasileiras. A pesquisa ocorreu entre abril e maio deste ano.
Bancos digitais “desafiadores” no sistema financeiro
Segundo a pesquisa, os bancos tradicionais tiveram crescimento moderado no número de clientes, embora ainda mantenham participação majoritária no mercado.
Por outro lado, os bancos digitais aumentaram significativamente o número de clientes cadastrados – o Nubank, por exemplo, ultrapassou o Banco do Brasil e o Santander em número de clientes em 2023.
Outro dado importante é que o número médio de contas bancárias por pessoa no país tem crescido, principalmente com o aumento do número de contas tradicionais em bancos digitais.
Em 2023, havia 214 milhões de CPFs e CNPJs no Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional (CCS). A média de contas ativas por CPF e CNPJ foi de 5,5.
Para efeito de comparação, em 2015, a média era de 2,2 contas ativas por CPF e CNPJ cadastrados (154 milhões).
Entre as instituições mais citadas no estudo estão C6Bank, Nubank, Inter, Mercado Pago, Pag Bank, Will e Pic Pay.
Com a adoção dos bancos digitais, muitos consumidores deixaram de frequentar agências físicas.
No entanto, agências de instituições como Itaú, Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Santanderos mais citados no estudo, continuam sendo vistos como fundamentais.
Isso porque, para muitos usuários, eles passam a percepção de segurança nas instituições.
Um exemplo disso é que 52% dos 3 mil consumidores entrevistados na pesquisa consideraram mudar de banco caso o serviço prestado pela instituição com a qual se relacionam atualmente migrasse exclusivamente para o digital.
Além disso, para 86%, são importantes para a comunidade local, principalmente para clientes sem acesso ou que têm dificuldade no uso dos meios digitais.
Por outro lado, 71% dos entrevistados afirmaram que nunca ou raramente utilizam um ponto de atendimento físico. 17% utilizam uma vez por mês; 8%, semanalmente; e 4%, diariamente.
Por conta disso, a queda no número de agências bancárias no Brasil tem sido significativa, impulsionada pela digitalização dos serviços financeiros e pela pandemia de covid-19.
Entre 2017 e 2022, o número de agências físicas dos principais bancos caiu -18,6%.
A adesão às corretoras de investimentos é baixa
Embora a aceitação dos bancos digitais entre os mais jovens seja alta, o mesmo não acontece com as corretoras de investimentos e com os bancos e cooperativas de médio porte.
Entre os consumidores da Geração Z, apenas 11% declaram ter conta em corretoras de investimentos e apenas 10% realizam operações em bancos ou cooperativas de médio porte.
Em relação aos millennials, a alíquota sobe para 16% no caso das corretoras e para 13% quando ingressam em bancos e cooperativas de médio porte. Na geração X são 15% e 9%, respectivamente.
Na geração baby boomer, a adesão em corretoras é de 11% e em bancos médios e cooperativas é de 10%.
Entre as principais corretoras citadas pelos entrevistados estão XP Investimentos, BTG Pactual, Modalmais, Rico e Clear.
Tarifas e custos de serviço mais baixos são o principal motor da mudança
A pesquisa de Wyman aponta que a busca por taxas, rendimentos e condições de pagamento mais baixas estão entre os principais atrativos para mudar de banco quando o assunto é investimentos.
Vale lembrar que muitos bancos totalmente online não cobram por serviços básicos, reduzindo tarifas de produtos bancários e intensificando a concorrência com bancos e corretoras.
Além disso, a experiência online é outro dos principais motivos de mudança, especialmente para os bancos digitais, na opinião de 54% dos entrevistados.
Na contratação de crédito, as taxas de juros estão no topo da lista de motivação para mudar de banco. A questão é citada como causa da variação para 71%, no caso dos bancos tradicionais.
Nos bancos digitais a alíquota é de 69%. Para corretoras, 58% e, no caso de bancos e cooperativas de médio porte, 63%.
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