A catástrofe climática no Rio Grande do Sul Já é uma das maiores tragédias da história do país. A destruição causada pelas enchentes impactou a vida de milhares de pessoas que perderam seus familiares e trouxe consequências sociais, ambientais e econômicas.
Do ponto de vista económico, os impactos desta tragédia estendem-se também ao comércio, indústria e agronegóciocom diversas culturas afetadas, como soja e arroz.
Embora não seja possível mensurar todos os danos causados pela tragédia no estado e no país nos próximos anos, os estudos iniciais já fornecem algumas estimativas de curto prazo.
As projeções variam muito, mas vão desde uma queda no Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul entre 3,0% e 10,0% no 2º trimestre de 2024. Isso significa um impacto negativo entre 0,2 e 0,6 pontos percentuais no PIB nacional.
Estudo elaborado pelo BTG analisou a geração de empregos formais e a arrecadação de tributos municipais, como o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Para o banco, a dinâmica de recuperação do estado tende a ser muito mais rápida do que durante a pandemia da Covid-19.
O relatório também tomou como base as consequências das fortes chuvas de setembro de 2023 no estado. Embora a área afetada pelas enchentes de maio deste ano tenha sido maior, o RS ainda se recupera dos acontecimentos do ano passado, o que torna ainda mais complexo o processo de retomada da atividade após as enchentes de maio de 2024.
Estimativas do PIB
Para o BTG, a queda na arrecadação de impostos nos municípios, ocorrida desde as enchentes de 2023, terá impacto negativo de 0,2 pp no PIB nacional no segundo trimestre.
De acordo com as estimativas do banco, as cheias de Setembro de 2023 resultaram numa queda de 3,6% a 4,9% no PIB nas regiões afectadas nos dois meses seguintes. As cheias de Maio de 2024 terão um impacto estimado entre 7,2% e 9,8% no PIB das zonas afectadas.
Isso resultaria em uma queda entre 4,7% e 6,5% na atividade econômica do estado no segundo trimestre de 2024.
As regiões atingidas pelas enchentes representam 52,4% do PIB do Rio Grande do Sul e 3,2% do PIB do país. Com base na dinâmica da arrecadação de impostos municipais após as enchentes de 2023, o BTG estima um impacto negativo de 0,2 ponto percentual no PIB do Brasil no segundo trimestre de 2024, próximo ao limite inferior das estimativas de mercado.
“Ressaltamos que, mais importante que a projeção de impacto aqui apresentada, a dinâmica de recuperação do emprego e da arrecadação municipal indica uma rápida recuperação da atividade nessas regiões, liderada pelo setor industrial e, principalmente, pela construção civil. Portanto, esperamos um efeito muito pequeno no PIB em 2024, com impulso nos investimentos e queda no consumo das famílias”, afirmam os analistas do banco.
Geração de empregos
Em relação ao emprego formal, analistas do BTG apontam que as áreas administrativa, administração pública e saúde são as mais afetadas pelas enchentes deste ano.
Segundo a instituição, “apesar do empobrecimento da população, espera-se um aumento dos investimentos a partir do trimestre seguinte ao choque”. Eles estimam que o estoque de empregos formais deve se normalizar nos próximos quatro meses. Isto deve-se ao forte crescimento da criação de emprego no sector da construção nas regiões afectadas.
Os analistas, contudo, sublinham que o apoio financeiro do sector público precisa de se concentrar na reconstrução do capital físico. As medidas sugeridas incluem a concessão de linhas de crédito imobiliário bonificadas ou contribuições diretas a famílias sem-abrigo.
A recuperação tende a ser mais rápida
Segundo o BTG, a arrecadação de ISS e ICMS e a recuperação do emprego nas áreas afetadas apontam para uma retomada acelerada da atividade econômica. “Até ao momento, estimamos que as medidas já anunciadas sejam quase 20% superiores aos recursos atribuídos aos municípios em 2023, em termos de PIB e de dimensão dos choques”, afirma o estudo da instituição.
O relatório do banco afirma ainda que, apesar da dificuldade em projetar a recuperação econômica após as enchentes, os estímulos divulgados pelo governo federal indicam que essa recuperação tende a ser mais rápida. No total, R$ 48,7 bilhões (R$ 55,9 bilhões incluindo recursos para formação de estoques de arroz) já foram destinados ao estado.
O valor representa um estímulo de 16,1% do PIB em 2024. “Estes números reforçam a nossa visão de que a atividade económica nos municípios mais afetados irá recuperar fortemente ao longo de 2024, impulsionada pelos investimentos na reconstrução, o que deverá gerar um pequeno efeito total no PIB em 2024” , dizem os analistas do BTG.
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