Entre os princípios que estão sempre na cabeça dos investidores, a frase “venda em maio e vá embora” foi colocada em prática no mês passado. Ó principal índice da bolsa brasileira caiu mais de 3% em maio – mas essa não foi a única perda sentida por B3.
No mesmo mês, o proprietário do Bolsa registrou volume médio diário negociado (ADTV) de R$ 24,7 bilhões no mês, queda de 3,4% em relação a abril. Na comparação com maio de 2023, a queda foi de 8,8%, segundo dados da B3.
Nesta quinta-feira (13), os investidores reagem aos números —de forma negativa. As ações da B3 começaram o dia liderando as perdas do Ibovespa, com queda de mais de 3%.
A tendência de queda continuou durante o pregão e por volta das 15h30 (horário de Brasília), as ações B3SA3 registravam queda de 2,50%, a R$ 10,14. Confira a cobertura do mercado.
O resultado, porém, não foi de todo ruim, na opinião do Goldman Sachs. Os totais de volume diário trimestral ainda estão 4% acima das estimativas do banco.
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Os maiores volumes financeiros vieram do mercado de ações à vista, com R$ 23,8 bilhões na média diária —o que representa queda mensal de 3,2% e queda anual de quase 9%, segundo a B3.
A queda no volume financeiro de ações mostra tendência “significativamente” de queda para junho, em R$ 19,6 bilhões, afirmam os analistas Tito Labarta, Tiago Binsfeld, Beatriz Abreu e Lindsey Shema.
No mercado de derivativos, as receitas caíram e estão 3% abaixo das projeções do banco na comparação trimestral, com volumes piores que o esperado, “apesar das receitas adicionais do primeiro mês completo de futuros de criptoativos, lançado em 17 de abril”, afirmam os analistas.
B3: Voo do investidor?
A B3 informou ainda que o número de contas ativas — investidores físicos e institucionais — atingiu 5,962 milhões em maio. O número milionário é 3,6% menor que um ano antes.
Em relação a abril, houve leve queda de 0,1%.
Especificamente, os investidores pessoas físicas, ou seja, CPFs cadastrados na B3, totalizaram 5,116 milhões, cerca de 3,3% menos que em maio de 2023.
A bolsa brasileira fechou maio com 442 empresas listadas, uma queda de 0,5% em relação ao mesmo mês do ano passado.
O valor de mercado das empresas subiu 9,5% na comparação anual, para R$ 4,460 trilhões.
Vale a pena ter B3SA3 na carteira (ainda)?
Mesmo com os números fracos do relatório mensal, o Goldman Sachs mantém a recomendação neutra para as ações B3SA3 — ou seja, ainda não é hora de vender ou comprar.
Isso porque a ação está sendo negociada a 12,7x preço/Ebitda (P/E) em 2024, enquanto o preço-alvo do banco estima que a ação deva ser negociada a 14,3x (P/E) ao final de 2025.
O preço-alvo das ações da B3 é de R$ 13, potencial de alta de 25% em relação ao fechamento de quarta-feira (12).
Os analistas, por sua vez, não desconsideram os riscos negativos para o B3SA3. Estes incluem um crescimento de volume mais lento do que o esperado, a concorrência do recente anúncio de uma nova bolsa de valores no Rio de Janeiro e contingências cambiais.
Do lado positivo do risco está a expectativa de uma recuperação mais rápida nos mercados de crédito.
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